Sejam príncipes em Paris
O Sport Lisboa e Benfica venceu o Paris Saint-Germain, por 2-1, na 1.ª mão dos oitavos-de-final da Liga Europa. Depois de estarem em desvantagem, os pupilos de Jorge Jesus deram a volta ao marcador e partem para a capital francesa com excelentes hipóteses de sucesso. Pelo meio, ainda ficou uma grande penalidade por assinalar!
A primeira parte deste encontro entre o Benfica e o Paris Saint-Germain foi muito bem jogada, com os “encarnados” a dominarem a posse de bola e a terem, praticamente, toda a iniciativa atacante. Por outro lado, a equipa de Kambouaré apostava no contra-ataque, com dois extremos bastante rápidos (Nenê e Luyindula).
O primeiro lance de perigo da partida surgiu logo aos dois minutos. Maxi Pereira lançou longo para a grande área, Luisão disputou nas alturas com o guardião Édel, com o esférico a sobrar para Gaitán, que rematou com para defesa de Édel. Estavam abertas as “hostilidades”. O PSG respondeu, com o avançado turco, Erdinç, a obrigar Roberto a defesa apertada. Aos dez minutos, foi Salvio que cabeceou ao lado das redes franceses, a centro de Fábio Coentrão.
Volvidos quatro minutos, surgiu o golo inaugural. Nenê desmarcou Luyindula que, em posição duvidosa e só com Roberto pela frente, finalizou com êxito. Desvantagem amarga na Luz, uma vez que o domínio era dos campeões nacionais. O Benfica não baixou os braços, mas, no entanto, foram os franceses que voltaram a criar perigo, com Erdinç a rematar ao poste. O facto de o PSG apostar em constantes trocas no ataque, dificultou a vida à defensiva comandada por Luisão, nos primeiros minutos de jogo.
Óscar Cardozo começou a mostrar-se aos 26 minutos, com um remate à entrada da área de pé… direito, a obrigar Édel a defesa complicada. Passados quatro minutos, outra vez o duelo entre o paraguaio e o camaronês, desta feita, na sequência de um livre a cerca de 25 metros da baliza, com o guarda-redes a defender por instinto, para canto. A pressão intensificava-se!
Carlos Martins também arriscou o remate de longe, com o PSG a ser claramente bafejado pela sorte. A bola ressaltou em Armand e acabou por sair ligeiramente por cima da barra. O internacional português não desistiu e aos 41 minutos descobriu Maxi Pereira na área, que depois de receber com classe no peito, “fuzilou” Édel para o empate mais do que justo no Estádio da Luz.
Para a segunda parte esperava-se mais do mesmo, com o Benfica a jogar bom futebol, frente a uma equipa que tinha como primeiro objectivo defender e tentar, ocasionalmente, o contra-ataque venenoso, através de Nenê e foi isso que sucedeu. Os benfiquistas foram superiores em todos os capítulos do jogo, mas sentiam algumas dificuldades no último passe. Quem percebeu o que estava a acontecer foi o técnico Jorge Jesus, que refrescou a equipa com as entradas do supersónico Jara e do mágico Aimar. Mal entraram, Saviola entrou na área com muito perigo e quando se preparava para facturar, foi rasteirado por Camara, com o checo Pavel Kralovec e os restantes quatro árbitros de campo (!) a nada assinalarem. Penálti claríssimo que ficou por marcar. Quantidade não significa qualidade…
As entradas dos dois argentinos deram resultados práticos aos 80 minutos. Pablo Aimar arrancou pelo centro, entregou a Jara, que à entrada da área rematou rasteiro e colocado para o fundo das redes, levando os adeptos benfiquistas ao rubro. O PSG estava a ser massacrado e nos últimos minutos ficou “ligado às máquinas”. A poucos minutos do apito final, Carlos Martins ainda tentou surpreender Édel com um pontapé de longe, mas a bola acabou por passar por cima da barra.
A segunda-mão destes oitavos-de-final realiza-se no Parque dos Príncipes, em Paris, na próxima quinta-feira, dia 17 de Março, às 18 horas.
O Sport Lisboa e Benfica apresentou o seguinte onze: Roberto, Maxi Pereira, Luisão, Sidnei, Fábio Coentrão, Javi García, Gaitán (Aimar 71’), Salvio (Jara 66’), Carlos Martins (César Peixoto 85’), Saviola e Cardozo.
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