terça-feira, 19 de abril de 2011

Benfica – Beira-Mar, 2-1


Triunfo de sentido único

A equipa de Jorge Jesus venceu este domingo o Beira-Mar por 2-1, em encontro da 27.ª jornada da Liga portuguesa. Sidnei e Jara foram os autores dos golos de uma partida em que só deu Benfica desde o primeiro até ao último minuto.





Em virtude das várias frentes em que está envolvido, o Benfica apresentou um onze muito diferente do habitual, tal como já tinha acontecido no embate da Liga frente à Naval 1.º Maio.

Apesar de alinhar com vários jogadores com menos rotina de jogo, o Benfica foi “dono e senhor” da primeira parte. Após um cruzamento de Carlos Martins aos oito minutos, Kardec não chegou por muito pouco e perdeu-se, assim, a primeira oportunidade de golo.

Carlos Martins e Pablo Aimar foram os elementos mais em foco na primeira parte, sendo que o primeiro testou a atenção do guarda-redes Rui Rego aos 17 minutos.

O minuto 19 foi a primeira amostra da falta de qualidade do árbitro Elmano Santos e dos seus auxiliares. Fernández sofreu uma entrada violenta e o lance nem mereceu a marcação da respectiva falta por parte do juiz, quanto mais uma admoestação em conformidade com a situação. O pior estava ainda para vir...

Com o adversário a jogar apenas na expectativa, o Benfica continuou na "mó de cima" e a criar perigo junto das redes aveirenses. Após um bom cruzamento de Fernández do lado esquerdo, Kardec subiu nas alturas e cabeceou para defesa do guardião visitante (33’).

Outro lance de nota foi o remate ao poste de Carlos Martins. Com um grande pontapé, o médio português esteve perto de inaugurar o marcador aos 36 minutos.

A primeira parte terminou com mais uma invenção da equipa de arbitragem. O Benfica beneficiou de um livre indirecto no período de descontos e Aimar, chamado a converter a falta, cruzou para o interior da área, onde apareceu o jogador aveirense Djamal a desviar para a sua própria baliza. O golo foi incrivelmente anulado por, alegadamente, a bola ter entrado directamente na baliza de Rui Rego, o que não aconteceu, como as imagens televisivas bem demonstraram. Mesmo com a questão do título nacional decidida, a equipa de Jorge Jesus voltou a sentir na pele muito do que lhe aconteceu durante esta temporada, nomeadamente no seu início.

Pés de Sidnei e Jara decidem

A formação da Luz veio do intervalo determinada a combater todas as adversidades, com Kardec a dar o primeiro sinal de perigo num remate ao poste (47’). O avançado brasileiro esteve novamente em evidência aos 53 minutos, ao fazer a assistência para o golo do compatriota Sidnei. Estava feito o 1-0.

O treinador Jorge Jesus refrescou depois a equipa com as entradas de César Peixoto e Cardozo, além de Maxi Pereira. Este último entrou para o lugar do lesionado Luís Filipe.

Foi, precisamente, Maxi Pereira que esteve na jogada do segundo golo. O uruguaio fez a assistência para a boa conclusão do atacante argentino Franco Jara (71’).

O Beira-Mar não fez rigorosamente nada durante o encontro, mas ainda conseguiu obter o golo de honra no Estádio da Luz. Yartey marcou em período de descontos, não dando hipótese ao guarda-redes Júlio César que esteve em bom plano durante os 90 minutos.

O Benfica alinhou com a seguinte equipa: Júlio César; Luís Filipe (Maxi Pereira, 67’), Sidnei, Roderick Miranda e Carole; Airton, Carlos Martins, Aimar (Cardozo, 62’) e Fernández (César Peixoto, 59’); Kardec e Jara.

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