O treinador Jorge Jesus acabou por surpreender ao não colocar de início nenhum defesa direito de raiz. Porém, a equipa não sentiu esse facto e entrou com tudo, inaugurando marcador aos oito minutos por Garay após livre marcado por Aimar.
Quatro minutos volvidos, Nolito teve a possibilidade de aumentar a vantagem após excelente passe de Rodrigo, mas enjeitou-a. Estavam decorridos 14 minutos, e os “encarnados” juntavam mais uma ao rol de oportunidades desperdiçadas. Esta foi mesmo flagrante e só por manifesto azar não deu em golo. Aimar assistiu Cardozo que, de primeira, rematou ao poste para Rodrigo, na recarga, rematar ligeiramente ao lado.
Cheirava a golo na Luz e aos 21 minutos foi isso mesmo que aconteceu. Gaitán teve uma jogada individual de sonho, deixou vários adversários para trás, fez uma assistência para Cardozo e este ampliou a vantagem. Estava feito o 2-0!
O Benfica jogava bom futebol, o povo gostava, mas alguém quis ser protagonista à força e deu, de bandeja, um balão de oxigénio aos comandados de Pedro Caixinha, quando estes estavam encostados às cordas. O árbitro Jorge Sousa viu o que mais ninguém viu e assinalou falta de Emerson sobre Diego Barcellos (27´). Um minuto depois Claudemir reduziu a contenda.
As “águias” sentiram-se injustiçadas e isso viu-se nos minutos seguintes, com os jogadores da casa a não conseguirem carburar com a mesma “nota artística” como o tinham feito até então. Contudo, ao minuto 38, Nolito e Rodrigo desataram mais um nó na defensiva insular e construíram o 3-1 com que se chegou ao intervalo.
A etapa complementar começou de forma morna, parecendo que o desafio já se encontrava resolvido. Aos 59´, Gaitán fez um passe do lado direito do ataque que encontrou o pé direito de Nolito, mas o guardião do Nacional opôs-se bem, para dois minutos depois, o Benfica voltar a colorir o marcador. O espanhol Nolito assistiu Rodrigo que, quase sem ângulo, desferiu um pontapé cruzado e colocado, levando o esférico a “beijar” as redes. Que golo!
Nolito estava endiabrado e à passagem do minuto 70 teve uma jogada de elevado recorte técnico, deixou a bola para Cardozo que, de primeira, rematou ligeiramente por cima. Só dava Benfica e aos 81 minutos, o paraguaio teve no pé esquerdo a possibilidade de bisar através de uma grande penalidade, mas o remate saiu, uma vez mais, por cima da baliza de Marcelo.
Com uma exibição de “encher o olho”, os pupilos às ordens de Jorge Jesus viajam para a Rússia onde enfrentam o Zenit na próxima quarta-feira, num encontro a contar 1.ª mão dos oitavos-de-final da “Champions”.
O Sport Lisboa e Benfica apresentou o seguinte onze: Artur; Luisão, Garay, Emerson; Matic, Witsel, Nolito, Gaitán (Bruno César, 79´), Aimar (Miguel Vítor, 59´); Cardozo e Rodrigo (Nélson Oliveira, 74´).
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