terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Benfica-V. Guimarães, 3-0


Mais uma vitória com nota artística

A equipa de Jorge Jesus somou este domingo a 16.ª vitória consecutiva em provas nacionais, ao bater o Vitória de Guimarães por 3-0. Com cerca de 55 mil espectadores no Estádio da Luz e no dia em que Luisão celebrou 30 anos de vida, os jogadores do Benfica deram mais um grande espectáculo de futebol.

Mais um jogo, mais uma actuação imperial por parte dos comandados de Jorge Jesus. Perante um adversário que lhe roubou pontos no desafio da primeira volta, ainda que seja preciso salientar que isso foi conseguido com a ajuda da equipa de arbitragem da altura, o Benfica entrou em campo ciente do perigo que o Vitória de Guimarães podia causar nas transições rápidas para o ataque.

O Benfica, no entanto, não deixou os seus créditos por mãos alheias e não deu, assim, grandes veleidades aos homens de Manuel Machado durante o primeiro tempo.

Como tem sido apanágio nos últimos tempos, as primeiras jogadas de perigo pertenceram aos pupilos de Jorge Jesus. O aniversariante Luisão ameaçou com um cabeceamento aos 14 minutos.

E foi, de cabeça, que a formação da Luz inaugurou o marcador. Após um pontapé de canto de Pablo Aimar, o central Sidnei surgiu a cabecear com êxito. Estavam decorridos 23 minutos.

O golo do brasileiro deu o mote para uma série de oportunidades de perigo junto da área vimaranense. No minuto 28, o Benfica beneficiou de um livre e o paraguaio Cardozo, ao contrário do que é habitual, não rematou directamente, optando pela jogada estudada, o que permitiu a desmarcação perigosa de Salvio.
O argentino entrou na área e rematou cruzado, mas o poste travou o segundo tento. Seguiu-se logo a seguir um remate de Saviola, no entanto, este foi defendido pelo guarda-redes Nilson.

O guardião visitante e os ferros da sua baliza voltaram a ser determinantes para evitar o golo do Benfica. Maxi Pereira, aos 40 minutos, entrou em velocidade na área e disparou para defesa de Nilson, sendo que a bola sobrou depois para Gaitán que acertou na trave.

O domínio avassalador dos “encarnados” [79% de posse de bola] merecia claramente mais golos, mas a verdade é que o resultado ao intervalo marcava apenas 1-0.

Mais uma segunda parte de alto nível

Sabendo que a margem mínima é um resultado perigoso, o Benfica entrou “a todo o gás” no segundo tempo e isso resultou na obtenção do tão merecido segundo tento. Sidnei fez uma excelente abertura para Aimar e este entrou na área, batendo sem hipóteses o guarda-redes Nilson (48 minutos).

A equipa de Jorge Jesus voltou a marcar aos 63 minutos, mas o árbitro João Ferreira decidiu anular o remate de Cardozo após a indicação do seu auxiliar.

O Benfica viu depois o árbitro anular um golo limpo aos 71 minutos. Cardozo desmarcou Saviola e este desfeiteou o guarda-redes contrário, no entanto, o juiz considerou que o argentino dominou a bola com mão, algo que não aconteceu de todo. Uma decisão, simplesmente, inacreditável!

Saviola voltou a estar em evidência aos 75 minutos, já que foi derrubado no interior da área vimaranense. João Ferreira assinalou grande penalidade, contudo, Cardozo não converteu o castigo máximo e o Benfica não ampliou, assim, o marcador (76’).

Mas o 3-0 acabou mesmo por surgir. Carlos Martins, que entrou para o lugar de Aimar no segundo tempo, fez um chapéu espectacular ao guarda-redes Nilson já em período de descontos. Foi, assim, um fecho inesquecível de mais uma vitória do Benfica na presente temporada.

O Benfica alinhou com a seguinte equipa no jogo da 19.ª jornada da Liga portuguesa: Roberto; Maxi Pereira, Luisão (Jardel, 90’), Sidnei e Fábio Coentrão; Javi García, Aimar (Carlos Martins, 70’), Salvio e Gaitán; Cardozo e Saviola (Jara, 80’).

Destaques individuais:

Sidnei – Em cheio! Com a saída de David Luiz assumiu a titularidade e não acusou a pressão… bem pelo contrário. Que grande exibição do jovem central do Benfica, que abriu a contabilidade na Luz com um grande golpe de cabeça e fez a assistência para a obra de arte de Pablo Aimar. O brasileiro tem um futuro repleto de sucesso pela frente.

Salvio – Rebeldia! Demorou alguns minutos a entrar no jogo, mas quando começou a aparecer colocou os vimaranenses em “pânico”. Grandes arranques na direita, num misto de velocidade e pormenores técnicos de excelência. Só não foi mais feliz, porque, aos 27 minutos, na sequência de um livre estudado, atirou ao poste.

Aimar – Magia! Mais um grande jogo do “mago” que fez a bola circular por todos os sectores da formação campeã nacional. Para a história fica a grande recepção ao passe de Sidnei e a finalização perfeita a fazer o segundo golo. Aimar em campo é sinónimo de espectáculo.

Carlos Martins – Categoria! O médio português entrou aos 69 minutos para o lugar de Pablo Aimar e quis demonstrar toda a sua capacidade técnica. Já nos descontos de tempo, recebeu o esférico à entrada da área e com o pé esquerdo (que nem é o mais forte) aproveitou o adiantamento de Nilson e levou o Estádio da Luz ao rubro com um chapéu fenomenal.

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