sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Benfica - Twente, 3-1

Fase de Grupos da Champions garantida




Foi com classe, pragmatismo e inteligência que o Benfica se apresentou no desafio da 2.ª mão do play-off da Liga dos Campeões. A vitória, por 3-1, na Luz (5-3, no cômputo das duas mãos) permite ao Clube o acesso à Fase de Grupos da prova. Os adversários são conhecidos já amanhã.



Foi com a vantagem na eliminatória, fruto do empate a duas bolas na Holanda, que o Benfica iniciou esta partida. Mas desde cedo se percebeu que esta equipa não iria “dormir” sobre a vantagem, antes pelo contrário, o objectivo era claro: ampliar cedo a mesma para números mais seguros que permitissem maior confiança, não fosse “o diabo (neste caso concreto o Twente) tecê-las!”



Os primeiros 20 minutos da partida mostraram isso mesmo: um Benfica verdadeiramente avassalador, com as oportunidades de golo a sucederem-se em catadupa. E foi Aimar quem deu a receita logo no minuto inicial, no entanto, o remate saiu à figura. Gaitán não lhe quis ficar atrás e no lance posterior tentou o chapéu a Mihailov, com o guardião a mostrar-se atento. A avalancha ofensiva sucedia-se, Javi García (9’), Nolito (10’), Cardozo (15’, 16’ e 19’), entre outros... mas a bola teimou em não entrar.



Por esta altura Artur Moraes era um autêntico espectador do encontro e somente à passagem do minuto 20 começou a ver os holandeses a acercarem-se da sua zona de intervenção, embora sem grandes motivos para preocupação. O controlo nunca fugiu aos “encarnados”.



O Benfica dominava, fruto de uma posse de bola em qualidade, com os jogadores a mostrarem garra e muito talento. Futebol bonito, ao primeiro toque, jogadas de combinação perfeitas a toda a largura do terreno. O que faltou? O golo, a festa do Futebol... é que a “redondinha” – teimosa! – teimou sempre em não entrar para desespero dos milhares que quase lotaram a Catedral, que apesar de não terem podido festejar o desejado golo, com toda a certeza, gostaram do que viram.



Ainda relativamente à primeira metade do encontro, uma nota para o único susto sofrido pelos “encarnados”, aos 35 minutos, na única desatenção do sector defensivo, com a bola a passar muito perto da baliza às ordens de Artur. No contra-golpe o Benfica mostrou não se ter atemorizado e numa jogada viperina, de contra-ataque puro, Gaitán na cara de Mihailov, rematou ao lado do poste.



A fechar os primeiros 45 minutos, tempo ainda para Cardozo colocar – mais uma vez – em sentido o guardião adversário. Remate rasteiro e poderoso, para grande defesa.



O nulo, à descida para os balneários, sabia, e de que maneira, a injustiça! Por tudo aquilo que fez, o Benfica merecia, já na altura, uma confortável vantagem.



Classe e talento carimbam Champions



E tantas vezes foi o “cântaro à fonte”... que a justiça acabou por surgir. Logo no reatar (46’), Gaitán cobra na direita um livre indirecto, Luisão, nas alturas, assiste Witsel de cabeça, com o belga, num remate acrobático de bicicleta, a fazer o golo inaugural na Luz! Tardou, mas chegou...



E como diz outro ditado popular, “não há fome que não dê em fartura”. Depois de tanto desperdício na primeira metade, o Benfica redimiu-se nos segundos 45 minutos.



Em vantagem no desafio, e na eliminatória, os “encarnados” não tiraram o pé do acelerador e, aos 58’, novo tento. Aimar na cobrança de um canto e eis que bem no coração da área, ao primeiro poste, surge um cabeceamento mortífero de Luisão. Um golo e uma assistência para o capitão.



O Benfica continuava a espraiar o seu Futebol e, em noite inspirada, Witsel resolve fazer mais uma “gracinha”. Cardozo isola o belga e este, na cara de Mihailov, remata colocado para o 3-0. Só dava Benfica e, apesar dos números já confortáveis, com um pouco mais de “estrelinha” na hora de matar o lance e os “encarnados” poderiam mesmo ter alcançado uma vitória por números mais castigadores para a equipa holandesa.



Por falar em castigo, e longe deste Benfica o merecer, num dos raríssimos lances em que se conseguiu acercar da baliza de Artur, o Twente marcou o seu golo de honra (85’).



Ao apito para o final, o Benfica vencia, por 3-1, (5-3, no cômputo das duas mãos). Depois do susto (o 2-2 era um resultado “perigoso”) na Holanda, os “encarnados” mostraram toda a sua classe e estofo na Luz, numa partida praticamente de sentido único e que permite ao Clube carimbar a desejada e merecida presença na Fase de Grupos da Liga dos Campeões. Os adversários serão conhecidos já amanhã, quinta-feira, pelas 17.00 horas.



O Sport Lisboa e Benfica apresentou o seguinte onze: Artur Moraes, Maxi Pereira, Luisão, Garay, Emerson, Javi García, Witsel, Gaitán (Bruno César, 73’), Pablo Aimar, Nolito (Matic, 73’) e Cardozo (Saviola, 83’).



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