quarta-feira, 21 de novembro de 2012

5.ª jornada da Liga dos Campeões


 Benfica - Celtic, 2-1: Ordem para sonhar!
O sonho europeu continua vivo! Com a vitória – justíssima – frente ao Celtic (2-1), o Benfica continua a manter aspirações intactas no que às competições europeias diz respeito. Dia 5, em Barcelona, mais uma vez é o tudo ou nada… e, com esta atitude e ambição, há que acreditar!

Tudo ou nada! Com uma vitória, um empate e duas derrotas no Grupo G da Liga dos Campeões, ao Benfica restava somente uma de duas hipóteses para continuar a sonhar: ganhar… ou ganhar! E, mesmo assim há que aguardar pela última jornada (com o Benfica a viajar até Espanha para defrontar o Barcelona), para aferir com todas as certezas as contas finais.

Mas vamos por partes, ou seja, o mesmo que dizer, jogo a jogo! E a primeira batalha, numa guerra que esperamos ainda longa, foi nesta noite de terça-feira.

Benfica e Celtic de Glasgow, frente-a-frente, para mais uma noite europeia, com o Estádio da Luz a ser o palco das emoções. Com o Barcelona já apurado para a fase seguinte, os dois emblemas tinham ainda uma palavra a dizer e, apesar da história contar tantas histórias, o favoritismo prova-se dentro de campo.

Com algumas alterações no figurino, foi um Benfica com a ambição de sempre, aquele que subiu ao relvado da Catedral. Em cima da mesa, neste caso, no tapete verde da Luz, três vectores em disputa: o prestígio desportivo, o cimentar da marca e ainda os importantes euros oriundos da Liga Milionária.
                                                             
Golo madrugador… empate injusto!
Imbuído neste espírito, o Benfica entrou com tudo na partida. Cardozo deu o mote no minuto inicial, com um remate poderoso de fora da área, a passar por cima da trave. O Celtic surgiu em campo com as linhas muito subidas e a equipa “encarnada” agradeceu e não se fez rogada: aos seis minutos a primeira explosão de alegria na Luz. Grande jogada do colectivo, insistência de Salvio, com Ola John a surgir solto no coração da pequena área a rematar de primeira, rasteiro, para o primeiro golo da noite e o seu primeiro de “águia ao peito”.

Em vantagem, o Benfica geria a posse de bola, privilegiando a segurança, face um Celtic completamente amorfo. Consequência? Jogo “mastigado”, pragmático e sem grandes ocasiões.

Em cima da meia hora, misto de emoções. Primeiro, agressão a Enzo Perez (cotovelada de Wanyama) a passar impune; depois, Lima assiste Cardozo, mas desta vez a bola sai ao lado do poste, perdendo-se um golo de belo efeito… E veio então a injustiça! Na primeira vez que o Celtic se acercou da baliza de Artur, no primeiro remate que realizou… chegou o empate! Canto cobrado, Samaras, livre de marcação, cabeceia para o golo!

Com a igualdade restabelecida, o Benfica acusou um pouco o tento sofrido, perdendo o controlo de um desafio que, até então, geria a seu belo prazer e arriscando-se a perder definitivamente o comboio da Liga Milionária.

Nos últimos cinco minutos a equipa reagiu, carregou, destacando-se os remates de Ola John, Matic e Salvio, mas sempre inconsequentes. Nota ainda para nova agressão a Enzo Perez, aos 38’, desta feita com Samaras a ser o protagonista… o árbitro húngaro mostrou amarelo! Ao intervalo, o empate castigava os homens da Luz.

E da injustiça… fez-se justiça!
À semelhança da primeira metade, o Benfica entrou determinado para os últimos 45’ da partida. Mais do que nunca era o tudo por tudo e era necessário inverter o rumo dos acontecimentos. Aos 52’, grande jogada pela esquerda do ataque, com Adam Matthews, por duas ocasiões a fazer de bombeiro e a evitar o golo da vantagem. Seguiram-se várias investidas, com os “encarnados” a sufocarem por completo os escoceses. Enzo Perez, Luisão, Matic, Lima e Salvio tentaram a sorte, mas a “redondinha” teimava em não entrar.

Os minutos corriam, a ansiedade aumentava, e o Benfica continuava a produzir ofensivamente… e “tantas vezes vai o cântaro à fonte”: minuto 70’, cruzamento largo para a área e inesperadamente, longe da sua habitual área de intervenção, surge o central Garay que, com um remate poderoso – de primeira – coloca o Benfica em vantagem, uma vantagem, diga-se, há muito merecida.

A vencer, os “encarnados” não tiraram o pé do acelerador e, não fosse a sorte madrasta, se é que nestas andanças se pode falar neste factor, o Benfica poderia ter resolvido a contenda a seu favor. É que com um remate surpreendente, a largos metros da área, Salvio acerta direitinho na trave de Forster. Minutos depois foi a vez de Cardozo, na cobrança de um livre, testar os reforços do guardião adversário… e que defesa!

Com cerca de 15’ até ao apito final, Jorge Jesus faz algumas mexidas no onze. Era preciso manter a cabeça fria, gerir de forma inteligente e segurar os três pontos…. E assim foi! Apito final, 2-1, vitória justa do Glorioso!
A decisão final acontece no próximo dia 5 de Dezembro, com o nosso Benfica a viajar até Camp Nou para defrontar o Barcelona, naquela que será a derradeira ronda da Fase de Grupos da Liga dos Campeões, em mais um jogo do tudo ou nada: Rapazes, há ordem para sonhar!

O Sport Lisboa e Benfica alinhou com Artur Moraes; André Almeida, Luisão, Garay e Melgarejo; Matic (Maxi Pereira, 77’), Enzo Perez, Salvio (Jardel, 90’) e Ola John; Lima (Garay, 75’) e Cardozo.

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