O Benfica conquistou este domingo, na Arena de Portimão, a quarta Supertaça do seu historial ao derrotar o Belenenses, por 1-0. Com o poder desequilibrador a que nos habituou, Ricardinho marcou o golo que permitiu ao Glorioso reforçar ainda mais o longo período de hegemonia que detém na modalidade (13 títulos oficiais desde 2002).
Com este êxito, o Benfica ultrapassou o Sporting na liderança dos troféus da Supertaça, sendo também o clube português com mais Taças de Portugal (4) no palmarés.
Entrando agora no filme do jogo, o Benfica foi claramente superior ao adversário na primeira parte, pelo que o nulo ao intervalo carregava o peso da injustiça no marcador. O guardião do Belenenses, Marcão, com várias defesas “elásticas”, foi o principal responsável pelo facto de os “encarnados” não terem conseguido marcar.
No entanto, também faltou alguma serenidade a Marinho (8’) e Arnaldo (13’) que, na zona da grande área, atiraram ao lado com Marcão já desamparado no chão.
Mais eficaz esteve Ricardinho que, na segunda parte, soltou toda a sua genialidade aos 22’ e fez o golo que valeu a quarta Supertaça para o Benfica – o mágico rompeu pelo corredor central, tirou Diego Sol do caminho, depois aguentou a pressão de Marcelinho e a seguir rematou colocado (o esférico ainda bateu no poste direito) não dando quaisquer hipóteses a Marcão.
Experiência determinante
A passagem do 30.º minuto, a dupla de arbitragem penalizou erradamente o Benfica com a quinta falta, depois de na jogada anterior ter feito “vista grossa” a uma falta nítida de um jogador do Belenenses sobre Gonçalo Alves. No entanto, a formação “encarnada”, fazendo alarde da sua experiência e coesão de grupo, não vacilou e, no espaço de três minutos, obrigou o adversário a atingir a quinta falta.
Em vantagem no marcador, e tendo em conta a natureza específica da Supertaça (competição com pouquíssima margem de erro), o Benfica baixou o ritmo e jogou pela certas em acções de contra-ataque. E neste particular táctico, César Paulo esteve em evidência com dois remates com selo de golo travados com os reflexos de Marcão.
Aos 35’, o factor-sorte jogou a favor do Benfica, depois de Marcelinho ter tirado ao poste, com Bebé fora da baliza após uma simulação do jogador “azul”. Depois de tantas oportunidades na primeira parte desperdiçadas pelo tricampeão nacional, o Benfica também mereceu esta felicidade.
A três minutos do fim, o Belenenses (como já se previa) jogou com guarda-redes avançado, mas o conjunto de André Lima, com a lição bem estudada para as situações de 5 contra 4 em termos de jogadores de campo, anulou todas as investidas do opositor.
A classe de Pedro Costa e o feito de André Lima
Importa também salientar que o últimos dez segundos da partida revelaram a classe, a inteligência e os hábitos de vitória do grande capitão Pedro Costa que, num momento de terrível pressão, levou o esférico até à linha de fundo até ao derradeiro segundo perante o desespero dos jogadores do Belenenses.
Com mestria, Pedro Costa segurou o esférico, geriu os momentos de emoção e quando se atingiu o 40.º minuto pegou na bola e atirou-a ao ar, iniciando os festejos de mais um título. André Lima agradeceu, lançando um sorriso de admiração para o seu capitão.
A seguir, sucederam-se os abraços entre todos os jogadores benfiquistas que valorizam de uma forma especial cada troféu oficial conquistado. Deve ser igualmente destacado o facto de o treinador André Lima, com a vitória na Supertaça, já ter no seu currículo todos os troféus a nível nacional.
O Benfica começou assim a época da melhor forma e os dados estão bem lançados para mais uma temporada recheada de êxitos desportivos.
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