Benfica BATE forte... fortemente
Bastou meia hora para que o gelo bielorrusso derretesse no "Inferno da Luz" naquela que foi a estreia "encarnada" no Grupo I da Liga Europa.
Mais uma exibição de gala do Benfica que bateu, assim, o BATE Borisov por 2-0 em mais uma manifestação de futebol de qualidade por parte da formação lusa. Os 35 mil presentes na Luz agradeceram e gostaram, acima de tudo, da capacidade técnica de um Benfica que também sabe ser guerreiro.
Nuno iluminou... a Luz
Começou por bater leve, levemente. Como quem via todos os ataques serem congelados pela defesa que veio do frio. Seria Di María? Seria Cardozo? O guardião Veremko não deixou certamente o Benfica marcar assim... tão cedo. Krivets foi ver, mas Júlio César aplicou uma bela defesa. Ver para crer, só mesmo os remates de David Luiz, Cardozo e Di María, tão bem parados por Veremko.
Mas o gelo bielorrusso teria de derreter e de lá dos céus veio o sol uruguaio (que grande centro de Maxi Pereira) que na Primavera do jogo, aos 34', iluminou o capitão Nuno Gomes. O peito comunicou com o pé e foi ver a bola lá dentro e a Luz aquecer fortemente.
Mas o internacional luso, que nesta noite atingiu o seu 27.º golo uefeiro, aproveitou, logo depois, nova dádiva de Maxi Pereira para, através de um passe longo, isolar Cardozo que, batendo forte, fortemente... viu a Luz chamar por si. Todos quiseram ver. Era o 2-0 para o Benfica.
Apostas ganhas
Bem sucedida a primeira parte benfiquista que, justamente e pacientemente, conseguiu dar a volta a uma defesa bielorrussa que pretendeu provar porque razão no ano passado arrancara três empates em plena fase de grupos da Liga dos Campeões. Jorge Jesus conseguiu ainda dar descanso a alguns dos seus guerreiros que no próximo domingo enfrentam a batalha de Leira, ante uma invicta União.
E boa conta do recado deram os jogadores que vestiram a camisola da novidade. Nuno Gomes, desde logo, por marcar e dar a marcar; Felipe Menezes, em noite de estreia, cresceu com o jogo e revelou capacidade ao nível do passe e do controlo de bola; Maxi Pereira provou que a lesão ficou enterrada no passado e Júlio César até se deu ao luxo de brilhar. Estes e outros, tais como o "matador" Cardozo, o lutador David Luiz ou o "fantasma" Ramires, foram demais para um conjunto onde apenas Krivets pareceu realmente acima da média.
Nem mesmo a honra apresentada pelo BATE na segunda parte, libertando o ataque pelos flancos e obrigando Júlio César a algum trabalho, poderia colocar em causa a superioridade benfiquista. Só mesmo os golos faltaram à segunda parte de um Benfica que procurou sempre a baliza contrária, ainda que, à excepção de um estoiro de Cardozo, não tenha conseguido assustar Veremko da mesma forma como antes o fizera.
Vitória justa de um Benfica que provou, ante uma formação valorosa, que a senda das vitórias é mesmo para manter. Para já, lidera o Grupo I da Liga Europa, lado a lado com o Everton.
Destaques:
Nuno Gomes - Decisivo
Parar de peito, preparar a bola para o pé direito e atirar a contar ao poste mais distante. Assim Nuno Gomes abriu a porta da vitória ao Benfica. Pouco depois, passe de "maestro" para Cardozo marcar. Muito movimentado, o internacional luso foi sempre eficaz nas movimentações com os médios.
Maxi Pereira - De volta o Super-Maxi
Grande centro de pé esquerdo para o golo de Nuno Gomes e presente na génese do golo apontado por Cardozo foram pérolas de uma grande exibição e em que demonstrou estar a cem por cento.
Ramires - Com o turbo (sempre) ligado
Mais uma grande exibição do internacional brasileiro que chegou ao minuto 90 a fazer sprints de 70 metros depois de um jogo de enorme intensidade. Defensiva e ofensivamente é um jogador que demonstra uma capacidade acima da média.
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